Os dias de hoje: Mercadoria


Ultimamente tenho percebido "doídamente" o quanto as pessoas tem valorizado as coisas externas, as coisas que não favorecem à vida, ou melhor, que não favorecem o jeito delas, o que elas são e o que querem dentro de seus corações. É triste saber que hoje o mundo vive um colapso de "bateu e levou", de "patadas" e "negócios". Parecem mercadorias sujeitas ao desastre pior de todos os tempos, e infelizmente está acontecendo e não estamos percebendo a tamanha gravidade no assunto. Se ainda está pensando no que estou tentando dizer, a questão é: "O que as pessoas tem valorizado ultimamente? O que elas tem feito?" 

Se deixa claro que elas, nós humanos, somos tão ingênuos em deixar que a desgraça nos tome conta e que o dinheiro seja nossa maior arma de sedução para todos os sentidos de nossas vidas. A vida tem virado um comércio, logo pois, virou açougue. Ninguém mais para para pensar em si mesmos e como levam suas vidas, ou se estão de acordo com seus planos e sonhos. Pois até parecem inalcançáveis, distantes de uma realidade criada, diabolicamente, e inventada, pelo homem. O fato é que deixamos de ser nós mesmos, e nos tornamos zumbis de tudo o que gira em torno daquilo que é mais valorizado hoje: "Status", "dinheiro", "reconhecimento", "seu mundinho". Vejamos que são coisas realmente atrativas e que não abrimos mão, mas por quê?

Lembro de que quando éramos crianças não pensávamos em ter uma vida tão difícil quanto de nossos pais para nos sustentar e cuidar de nós. Mas agora que crescemos nos tornamos carrascos, e um tanto fora de si mesmos. Nos tornamos individualistas, não repartimos, não abrimos mão, não damos lugar à outros. Tudo é relativo a nós e à produção em massa, e lucratividade. Mas isso se torna lucro a você mesmo? Você, como pessoa de caráter (tanto boa quanto ruim), que se definiu ao longo da vida para se tornar uma pessoa de propósito e objetivos, tem se dedicado a si, ao seu coração, ao seu estado de espírito? Suas ambições não podem ultrapassar os seus próprios limites e empurrar a dos outros. E a vida merece amor, a sua vida merece amor, e não desvalorização a si mesmo. 

É cortante ver as pessoas se preocupando com coisas tão chulas, que ao mesmo tempo são coisas importantes nos dias de hoje, mas se tornaram importantes porque nós nos fizemos como robôs que criam, constrói, pensa em massa e se tem agilidade nisso. Hoje é tudo Mercado, economia, lucro, mas de uma forma muito extrapolada. Tomou um rumo diferente, pois ao invés de terem lucro realmente, apenas recebem lucro daquilo que não retorna, e também se desgasta pois este lucro é só pra coisas externas e não internas. A compaixão de si mesmo vale ainda, mas corre o risco de ser extinta. Ainda vale muito abrir mão daquilo que se tornou mercadoria e transformar em coisas do coração e de coisas que sempre sonhamos. Lembrando que quando deixamos essas coisas chulas acontecerem, deixamos de sonhar, consequentemente, deixamos os outros pra trás, e deixamos de ser humanos, os verdeiros humanos.



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